segunda-feira, 6 de junho de 2011

Como criar calopsita


Um topete de dar inveja a Elvis Presley é a marca registrada das calopsitas (Nymphicus hollandicus), pássaros que vêm conquistando crianças e adultos com sua beleza exótica e afetuosidade. Quando separadas dos pais e criadas na mão, elas tornam-se mansas e boas companheiras, feito cachorrinhos de estimação que acompanham o dono pela casa em todas as atividades domésticas.

A calopsita é uma ave dócil, amigável e fácil de criar. Domesticada, gosta de carinho e chega a ficar nos ombros e nos dedos das pessoas. Ela não é barulhenta, mas assobia e, se treinada, pode imitar a voz humana. Natural da Austrália, país localizado no Hemisfério Sul como o Brasil, a ave se adaptou bem às condições climáticas da América do Sul, desde a sua chegada aqui na década de 1970.

Na natureza são encontradas calopsitas com o corpo cinza e com a borda das asas brancas. No macho, a crista ereta e a cabeça são de amarelo intenso e, na fêmea, prevalece o cinza com nuances amareladas no topete. Ambos possuem uma área circular vermelha nas laterais das faces (parecem "bochechas"), com tom mais suave entre as fêmeas. Na cauda, elas também se diferenciam com amarelo e preto intercalados na parte inferior, enquanto nos machos a cauda é totalmente negra.
Naturais da Austrália, as calopsitas se adaptaram bem ao clima do Brasil

As aves da espécie começaram a se espalhar pelo mundo no final da década de 40. A introdução em outros países ocorreu com a criação do arlequim, mutação desenvolvida no estado americano da Califórnia que apresenta plumagem branca com áreas de cor cinza. No entanto, essas cores originais deram lugar a variadas tonalidades e padrões, a partir de cruzamentos em cativeiros. Além do arlequim, as variedades mais comuns incluem o lutino (branco com extremidades amarelas), branco, canela, pérola, cara-branca e albino.

As calopsitas têm média de 30 centímetros de comprimento e pesam de 80 a 150 gramas. Pertencem à família Cacatuidae (a mesma das cacatuas), da ordem dos Psitacídeos, que engloba mais de 300 espécies como araras, papagaios e periquitos.

Além de apresentarem resistência a doenças e longevidade - podem viver cerca de 20 anos em cativeiro -, esses pássaros têm baixo custo de criação. Comem pouco e têm preços inferiores aos de outras aves da mesma odem.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Como criar minhocas


Início - comece com poucas minhocas. Coloque quatro litros em um canteiro de dois metros quadrados. Os minhocultores brasileiros preferem a vermelha-da-califórnia para a produção de húmus, pois é produtiva e fácil de lidar.
Expansão - para produções maiores, opte por um canteiro de 20 x 1 metro, com 30 centímetros de profundidade. Deposite seis metros cúbicos de esterco curtido. Se bem conduzida, a atividade pode alcançar em dois meses quatro toneladas de húmus, o equivalente a 100 sacos de 40 quilos.

Ambiente - o minhocário deve ser mantido limpo, o que evita a aproximação de predadores. Palha seca por cima inibe a ação de passarinhos. Livre-se de grama ao redor do canteiro, para não haver contaminação com sementes. Não deixe exceder o número de minhocas no local, pois elas não gostam de variações de umidade e temperatura, tampouco de locais muito quentes.
Estrutura - instale o minhocário acima do nível do solo e em área plana, mas com leve inclinação para evitar o acúmulo de água. Feitas de alvenaria ou madeira, as paredes devem contar com drenos para escoar o excesso de umidade. Proteja o local da chuva com telas plásticas apoiadas em suportes de arame, bambu ou madeira.

Alimentação - as minhocas se alimentam de esterco e restos vegetais, como gramas, frutas, folhas secas, papéis e matérias orgânicas em decomposição. Junte tudo para fazer uma compostagem. Faça um monte de 1,5 metro de altura, em local seco e arejado. Deixe descansar por uma semana e revire o material para aumentar o arejamento. Repita o procedimento, mas apenas com uma virada, até que o resfriamento da compostagem. Leve a massa para o canteiro somente quando, ao apertar um punhado, ela não pingar água.

Reprodução - apesar de possuírem os dois sexos, as minhocas não se auto-fecundam. É necessário o acasalamento com outra minhoca, o que pode ocorrer o ano todo. Fecundados e no interior de um casulo, os óvulos são expelidos na terra. Em cerca de 21 dias eles eclodem, e cada um origina algumas minhoquinhas.
Coleta - o método de armadilhas é uma das técnicas para se recolher o húmus produzido. Encha sacos de aniagem com esterco curtido e úmido, estendendo-os so bre o canteiro para atrair as minhocas. Após capturar a maior parte delas, transfira-as para um outro canteiro já preparado com esterco.

Bonzai


Bonsai (japonês: 盆栽, bon-sai), que significa "árvore em bandeja".

Um bonsai precisa ter outros atributos entretanto além de simplesmente estar num vaso raso. A planta deve ser uma replica de uma arvore da natureza em miniatura. Deve simular os padrões de crescimento e os efeitos da gravidade sobre os galhos, além das marcas do tempo e estrutura geral dos galhos. Essencialmente é uma obra de arte produzida pelo homem através de cuidados especializados.


As origens históricas

Apesar da forte associação entre o cultivo de bonsai e a cultura japonesa, na verdade foram os chineses os primeiros a cultivar árvores e arbustos em vasos de cerâmica. Há provas de que, já em 200 d.C. os chineses cultivavam plantas envasadas (mais conhecidas como Penjing) como prática habitual da sua atividade de jardinagem.

O bonsai como hobby

No ocidente o cultivo de bonsai como hobby desenvolveu-se bastante nos últimos 20 anos e hoje estas pequenas árvores estão espalhadas por todo o mundo. O crescente interesse pelo bonsai é partilhado com a crescente atenção dada às artes orientais nos últimos anos. Apesar de parecer um hobby extremamente exótico, o cultivo de árvores em miniatura não é por si só muito mais complexo do que a jardinagem comum aplicada a plantas em vasos. A diferença básica é o cuidado para reproduzir as características de uma árvore de porte muito maior, e aí reside a dificuldade. Mais do que cuidadosa poda e adubação, é preciso também muita paciência e alguma habilidade artística.

Técnicas de controle de crescimento

O crescimento das árvores é controlado com a aplicação de várias técnicas:

* Restrição do crescimento das raízes pelo vaso utilizado: Uma árvore não possui essa restrição na natureza, por isso cresce livremente.
* Poda das raízes: Dependendo da idade e espécie da árvore, as raízes são podadas, em geral no inverno pois a planta está em estado de dormência, e é realizada a troca da terra (substrato).
* Uso de adubos com menor quantidade de nitrogénio: O nitrogénio em excesso provoca crescimento acelerado e folhas com tamanho maior que o desejado.
* Rega em quantidades moderadas: Entenda-se por moderada a rega feita com critério, não com economia. O que não podemos fazer é molhar nosso bonsai todos os dias, se ele não seca de um dia para o outro, por isso o clima, o vento, a localização da árvore vão sempre incidir directamente na frequência de rega. A rigor, deve usar-se a sensibilidade, regar quando a terra estiver seca, e não regar quando ela estiver ainda úmida.

As árvores não são modificadas geneticamente. Praticamente qualquer espécie pode ser utilizada, sendo as mais famosas, as dos gêneros Pinus(pinheiros), Acer (bordo), Ulmus (olmos), Juniperus (junípero/zimbro), Ficus(figueira), Rhododendron (rododendro ou azálea), dentre outros.

Estilos

Podem ser encontrados bonsais de vários tamanhos, sendo que a maioria fica entre 5 cm e 80 cm. Os bonsais medindo até aproximadamente 25 cm podem ser chamados shohin. Costuma-se chamar os bonsais menores que 7 cm de nano.
Bonsai

Podemos encontrar, na natureza, árvores que crescem em formas bastante variadas. Essas formas são imitadas através de "treinamento" (aramação e poda). Os estilos abaixo são os básicos tradicionais. Existem outros que são considerados subtipos dos descritos abaixo.
Estilo floresta

* Chokan: Estilo ereto formal. Árvore com tronco reto, que vai diminuindo de espessura gradualmente, da base ao ápice. Os ramos devem ser simétricos e bem balanceados.

Estilo semi-cascata

* Moyogi: Estilo ereto informal. Tronco sinuoso, inclinando-se em mais de uma direção à medida que progride para o ápice, embora mantendo uma posição geral mais ou menos ereta. A árvore deve dar a impressão de um movimento gracioso.

Estilo formal

* Shakan: Estilo inclinado. Tronco reto ou ligeiramente sinuoso, inclinando-se predominantemente em uma direção.
* Kengai: Estilo cascata. A árvore se dirige para fora da lateral do vaso e então se movimenta para baixo, na direção da base do vaso, ultrapassando a borda do mesmo. Os vasos nesse estilo são estreitos e profundos.
* Han-kengai: Estilo semi-cascata. Semelhante ao anterior, com a árvore caindo a um nível abaixo da borda do vaso, mas não chega a altura da base do vaso.
* Fukinagashi: Varrido pelo vento. Árvore com ramo e tronco inclinados como que moldados pela força do vento.

Métodos de Cultivo

Misho

O método do misho é o cultivo a partir de sementes. Consiste em escolher uma espécie que dela se queira adquirir um bonsai, conseguir algumas sementes desta planta (se a espécie escolhida não apresentar sementes, o misho não se emprega nesse caso), plantar e esperar a germinação - processo que pode durar, dependendo da espécie, de 1 a 3 meses.

* Método:
o Escolhidas as sementes, deve-se selecionar as que estão ainda viáveis. Um método bastante eficaz consiste em deixá-las em um vaso com água na noite anterior ao plantio, de um dia para o outro. As sementes férteis irão afundar e as mortas flutuarão.
o Deve-se preparar a sementeira, de preferência um vaso ou caixa de madeira com aproximadamente 15 cm de profundidade, com um orifício no fundo para drenagem, que deve ser coberto com uma tela de náilon para impedir escoamento do conteúdo.
o Deve-se cobrir 1/4 da profundidade do vaso com grânulos de cascalho.
o A camada seguinte deve ser já o substrato (sem cascalho fino) até um pouco mais da metade do vaso. Não deve ser utilizado nenhum tipo de adubo nessa fase.
o As sementes devem ser depositadas nessa camada de terra, separadas 4 cm uma das outras e cobertas com uma camada de 2cm de terra fina.
o A rega deve ser abundante, mas não a ponto de encharcar o vaso.
o Depois de 3 meses de brotamento as plantas estão prontas para adubação. Pode ser aplicada uma pequena quantidade de adubo líquido, colza ou torta de mamona.
o Dependendo da espécie, a época de se transplantar a muda para uma bandeja de bonsai varia entre 1 a 2 anos. Após esse período ainda não temos um bonsai, apenas uma muda. Deve-se então continuar com os passos do método Yamadori.

Yamadori

Yamadori significa mudas colhidas na natureza, mas para conseguir as mudas, você pode muito bem comprá-las num horto. Este método pode ser aplicado como continuação do misho, porém, com a economia de alguns meses (a idade da muda irá influir neste caso). A muda deve apresentar caule curto porque algumas espécies tendem ao crescimento vertical exagerado do caule, tornando-se inadequadas para se tornarem um bonsai - por isso devem ser moldadas desde muito cedo.

Vale notar que em caso de colheita da muda natural, deve-se ter cuidado para não danificar as raízes na hora da retirada.

* Método:
o As mudas, quando compradas, geralmente virão em um saquinho de plástico preto que deverá ser removido no início do processo.
o Embora os bonsai sejam plantados em uma bandeja, as mudas adquiridas não devem ser replantadas de imediato nesse tipo de recipiente pois ainda não são bonsai - devendo portanto ser replantadas com procedimentos semelhantes aos do misho, no que diz respeito ao preparo do solo.
o Uma vez que a muda for retirada da terra, os galhos devem ser podados na proporção do volume das raízes. A poda deve ser feita com tesoura bem afiada e muito cuidadosamente, de modo a não prejudicar a forma que se deseja dar ao futuro bonsai. Deve-se começar a poda pelas raízes secas ou danificadas, e prosseguir para os galhos em igual situação. Terminada a chamada poda de limpeza, deve-se observar a proporção do volume de raízes em relação aos galhos: se faltarem muitas raízes, talvez seja necessário podar alguns galhos. A proporção dos galhos em relação às raízes é geralmente seis galhos para quatro raízes.
o Deve-se acomodar as raízes da muda no vaso e acrescentar terra gradualmente, compactando-a levemente com os dedos. O vaso deve conter terra o suficiente para cobrir as raízes, mas sem nunca ultrapassar a borda do vaso. Deve-se pressionar a área aterrada com as mãos usando pouca força, e sem a utilização de ferramentas.
o Depois que a muda for plantada, talvez ela precise ser amarrada ao vaso com um barbante forte, fio ou apoiada de alguma forma para não mudar de posição ou cair, até que as raízes fiquem mais fortes. Esse apoio deve ser mantido por cinco meses.
o As mudas recentemente plantadas devem ser colocadas a meia sombra, ao abrigo dos raios diretos do sol e do vento. Como este é o estágio de crescimento de raízes novas, deve-se regar a terra duas vezes por dia durante os três primeiros meses.

Existem também outros métodos de cultivo como o sashiki, que é a preparação de mudas para bonsai por estacas de galhos, e a alporquia, que é a técnica aplicada com o objetivo de forçar o crescimento de raízes de um determinado local de um galho ou segmento de tronco de uma árvore natural.

Como criar patos


Os patos não exigem muito espaço, acomodam-se tanto em lugares secos quanto úmidos, comem qualquer tipo de alimento e dificilmente ficam doentes. Quem tem experiência na atividade diz que em um ano é possível conseguir o retorno dobrado do investimento inicial.

Saborosa, a carne de pato tem oferta menor que a demanda e os ovos são nutritivos, fortificantes e ricos em proteínas, atributos valorizados no mercado interno.

As penas também são produto de consumo, indicadas para produtores de larga escala. Empresas de confecção demandam grandes volumes para preencher edredons e travesseiros, junto com plumas de outras aves. O pato não é monogâmico e chega a acasalar com até quatro fêmeas, que se reproduzem entre sete e oito meses de idade. Elas botam, em média, quatro vezes ao ano e são capazes de chocar 15 ovos por vez, dos quais cerca de 80% chegam à eclosão. Nascem aproximadamente 50 patinhos por ano.

O ambiente aquático é o mais propício para a fecundação. É oportuno planejar um pequeno lago ou tanque com água nas instalações do cativeiro, para o bem-estar dos animais. O espaço para a criação deve ser cercado com duas paredes de tijolos ou madeiras - para quebrar o vento - e duas de tela de arame, de maneira que a dupla de muros iguais fique interligada. Dentro, construa um abrigo para colocar o ninho e proteger as aves do sol muito quente e da chuva forte.